terça-feira, 9 de agosto de 2016

Silêncio da música

Preciso de um tempo da escrita!

 Ver e ouvir,com coragem de não comentar. Difícil!?!
Eu e minha irmã. Sempre tão próximos de data de nascimento.
 Conservamos complicações nossas. Certas verdades nunca ditas mas compreendidas. Um silêncio quase absoluto nas noites de natal. Uma cumplicidade amorosa insustentável que abriga perigos e silêncios barulhentos.
Preciso de um tempo da escrita. Eu e minha irmã. 
Minha única irmã.
 Sempre tão próximos de nascimentos e conversas.
Cumpliciamos os assuntos mais nossos nas situações mais distantes.
Ela não aprova meus rompantes nem minhas compulsões; eu recrimino sua imobilidade de cotidiano e assim amamos nossas vidas.
Vidas distintas distantes e incapazes de suprimir nossos descontentamentos.
Nossas lágrimas são as mesmas!

  1. Quando nos vemos controlo o que dentro de mim não controlo.
  2. Ela chora!
  3. Mulher maltrata a gente!?!
  4. Deve ser pelo que passam com maridos/filhos. Com a vida!
  5. Ai se a vida fosse menos triste? Arrancaria de dentro da gente as belezas que vêm sei lá de onde!
  6. Valorizando alegrias que tentamos mentir nas nossas verdades.
  7. Sim!
  8. Mentiras movem desejos. Desejos repletos de sentimentos mais completos.
  9. Sentimentos verdadeiros, que magoam e ferem.
  10. Que sua verdade não destrua o que sempre acreditei!
  11.  Não me machuque ainda mais.
  12. Não falo e nem entendo a tua língua inglesa.
  13. Que dominou o mundo "justa-pondo-se" como quem domina e explica até a minha poesia.
  14. O que penso,faço e sinto não te pertencem.                     Pedro Guimarães

2 comentários:

  1. Interessante, como as nossas máscaras caem ou por vezes passam o resto da vida com ela, cada um com sua: dores, sofrimentos, desejos, vontade, ilusão e principalmente vontade de dizer e ser o que é. Com família o "negócio" é outro porque a cumplicidade vem desde pequeno. Por isso, "romper com a da família" talvez seja o melhor caminho para viver ou entender o rumo que a vida pode levar. Gostei muito!

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  2. Sinto saudade. Dessa cumplicidade. Da música ouvida toda manhã. Dedilhada, não comentada. Do bolo formigueiro. Do ensaio da missa. Do violão na calçada. Do pé de manga no quintal, puleiro que ouvia segredos e fofocas. Dos jogos de bets. Sinto saudades...

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