Apesar de quê vivemos?
Quando criança falava com a língua presa. Coisa graciosa pros familiares e amigos próximos.
Mas que também era motivo de chacota e reprovação por outros não tão adeptos da permissividade daqueles todos.
O desagradável esconde valores que por pior que sejam mostram-se amáveis. Afinal demonstrar certos incômodos poderiam demonstrar "des-criminações" contrárias ao convívio pacífico de um universo suspenso numa miopia relutante de entendimentos acomodados. A ideia de um amor destruidor.
Sim!
O amor fraternal entre vizinhos crédulos de uma generosidade caridosa e intimamente caustica mantinha aquela vizinhança. Muitas vizinhanças daquele momento.
O quê se dizia não se falava.
Sim! Era se tudo fosse aceito sem aquilo que nos fizesse desentendido. Uma aceitação & entendimento ingênuo assim. Deixa pra lá!
Vejam e ouçam então! Consegui aprender a falar sem a dificuldade anterior. Apesar que já tenha sido perseguido em serviços pelo jeito que falo. Falo com uma língua solta que possibilita fontes que muitas vezes desenrolam-se mais rápido que meu pensamento e vice versa sem que isso eleve meus sentidos alegrias e principalmente minhas dores.
Sim. Gostaria que minhas dores e angústias fossem menores. Mas! Regozijam-me de alegrias efêmeras, saltitantes que me elevam aos Deuses.
Hoje as máscaras que sempre uso em todos os espaços me forçam a falar de forma que ainda não compreendi e que estão forçando-me a engolir consoantes que foram tão importante na dura caminhada de parar de falar com a língua presa. Tenho medo de como vou falar depois que me livrar das máscaras. Tenho medo de uma série de coisas, que tenho medo de confessar.
Pedro Guimarães