sexta-feira, 23 de julho de 2021

Nosso amor


A estranheza que move tudo quanto se mostra em tempos duros

Paralisa sensações que escondem belezas

Nunca soube dizer bem por onde ando

Gostaria tanto de conseguir construir belezas indestrutíveis 

Mas seu cinismo maior que o meu enfraquece meus sentidos

Sentidos ingênuos que passeiam pelo meu espectro de razões 

Acreditava que enxergava o mundo e as minhas pessoas

Muito pelo contrário sempre fui enganado dentro do que entendia

Acreditava no que via e não enxergava

Os modos são mais terríveis do que tudo que imaginava

Tento me manter vivo apesar do medo da morte

Tão vivo e presente no momento atual

Potencializo aquela vida que nunca me pareceu importante

As portas abertas se fecham em dores que não mais sentidas são menos divididas

O oco do seu peito tornou-se tão grande como o do seu sexo

Respira, respira, respira por mais que o medo não te inspira

O quê somos hoje o amanhã dirá.

Pedrão Guimarães