Nosso amor
A estranheza que move tudo quanto se mostra em tempos duros
Paralisa sensações que escondem belezas
Nunca soube dizer bem por onde ando
Gostaria tanto de conseguir construir belezas indestrutíveis
Mas seu cinismo maior que o meu enfraquece meus sentidos
Sentidos ingênuos que passeiam pelo meu espectro de razões
Acreditava que enxergava o mundo e as minhas pessoas
Muito pelo contrário sempre fui enganado dentro do que entendia
Acreditava no que via e não enxergava
Os modos são mais terríveis do que tudo que imaginava
Tento me manter vivo apesar do medo da morte
Tão vivo e presente no momento atual
Potencializo aquela vida que nunca me pareceu importante
As portas abertas se fecham em dores que não mais sentidas são menos divididas
O oco do seu peito tornou-se tão grande como o do seu sexo
Respira, respira, respira por mais que o medo não te inspira
O quê somos hoje o amanhã dirá.
Pedrão Guimarães