sexta-feira, 1 de abril de 2022



ENSAIO DESINTRISCEDOR

Por mais que esqueça não me rendo a insistência de lembrar aquilo tudo que me faz necessário falar aquilo tão necessário como o nascer renascido das fontes absurdamente necessárias.

Sentimentos tão destruidores como tudo de pesar que passamos nesses tempos.

Se as alegorias de um próximo carnaval delimitam incertezas numa páscoa herege invoco o silêncio próprio de estar trabalhando em um lugar novo e estranho. Gostaria de gritar minhas loucuras e preceitos sem maiores constrições e alegrias transgressas.

 Amei tanto na juventude de forma platônica e isso me machucou fortalecendo meus sentidos de descrença em Deus Jesuses normativos e monogamias possíveis. Sim tive muito tesão por você e por um monte de coisa não consumei nada. Coisas tão tristes e que elevavam-me à alegrias inconstantemente risiveis que transformaram meu riso em uma adaga mais cortante do que as do Iemem.

Creio que saiba que todas as perdas me fortaleceram, porém tento não mentir tanto nem pra eu mesmo. Quando choro tento manter a verdade que sempre me assombrou.

Quero o amor seu que nunca me reservou e por isso te amo tanto sem nunca ter possuído-te. Eu sou um idiota o seu idiota. Tudo bem te amarei a vida toda.

Continuo não lembrando o porque e as razões que mando essa carta.

Vivo uma solidão maior que a compania de todos nós, coisa que me agrada me enchendo de euforia algum tipo de ansiedade e amor pela vida. Vida aliás que me enche de graça sentidos e texturas maiores que sensos vázios, amores restingos e nossa vontade vázia de encontrarmos após todo esse tempo recessivo. Não me leve a mal. Preciso rever as pessoas que amo. O amor pode ser um monstro.

Pedrão Guimarães         pedraoguimaraes.blogspot.com.br