sexta-feira, 1 de abril de 2022



ENSAIO DESINTRISCEDOR

Por mais que esqueça não me rendo a insistência de lembrar aquilo tudo que me faz necessário falar aquilo tão necessário como o nascer renascido das fontes absurdamente necessárias.

Sentimentos tão destruidores como tudo de pesar que passamos nesses tempos.

Se as alegorias de um próximo carnaval delimitam incertezas numa páscoa herege invoco o silêncio próprio de estar trabalhando em um lugar novo e estranho. Gostaria de gritar minhas loucuras e preceitos sem maiores constrições e alegrias transgressas.

 Amei tanto na juventude de forma platônica e isso me machucou fortalecendo meus sentidos de descrença em Deus Jesuses normativos e monogamias possíveis. Sim tive muito tesão por você e por um monte de coisa não consumei nada. Coisas tão tristes e que elevavam-me à alegrias inconstantemente risiveis que transformaram meu riso em uma adaga mais cortante do que as do Iemem.

Creio que saiba que todas as perdas me fortaleceram, porém tento não mentir tanto nem pra eu mesmo. Quando choro tento manter a verdade que sempre me assombrou.

Quero o amor seu que nunca me reservou e por isso te amo tanto sem nunca ter possuído-te. Eu sou um idiota o seu idiota. Tudo bem te amarei a vida toda.

Continuo não lembrando o porque e as razões que mando essa carta.

Vivo uma solidão maior que a compania de todos nós, coisa que me agrada me enchendo de euforia algum tipo de ansiedade e amor pela vida. Vida aliás que me enche de graça sentidos e texturas maiores que sensos vázios, amores restingos e nossa vontade vázia de encontrarmos após todo esse tempo recessivo. Não me leve a mal. Preciso rever as pessoas que amo. O amor pode ser um monstro.

Pedrão Guimarães         pedraoguimaraes.blogspot.com.br 

terça-feira, 17 de agosto de 2021

 

Luz sombria

Imagina estar em um lugar onde se expõe ao risco com cuidados que nunca te garantiram nada no absoluto de uma segurança sombriamente impotente dentro daquilo que acreditarias?

Sendo impulsionado pra uma nova amizade que não confia mais do que precisa? Aliás, que precisa mais do que desconfia! Sexo nem pensar. Libido tornou-se privilégio de uma juventude quase tão distante quanto os silvos do colorido da passarada do serrado auspício. Era só um ser observador querendo se aproximar e formar amizade. Algo tão simples algum tempo atrás que tornou-se impensável.   

https://www.youtube.com/watch?v=GVAUnKK1DdQ&list=RDMMGVAUnKK1DdQ&start_radio=1

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Nosso amor


A estranheza que move tudo quanto se mostra em tempos duros

Paralisa sensações que escondem belezas

Nunca soube dizer bem por onde ando

Gostaria tanto de conseguir construir belezas indestrutíveis 

Mas seu cinismo maior que o meu enfraquece meus sentidos

Sentidos ingênuos que passeiam pelo meu espectro de razões 

Acreditava que enxergava o mundo e as minhas pessoas

Muito pelo contrário sempre fui enganado dentro do que entendia

Acreditava no que via e não enxergava

Os modos são mais terríveis do que tudo que imaginava

Tento me manter vivo apesar do medo da morte

Tão vivo e presente no momento atual

Potencializo aquela vida que nunca me pareceu importante

As portas abertas se fecham em dores que não mais sentidas são menos divididas

O oco do seu peito tornou-se tão grande como o do seu sexo

Respira, respira, respira por mais que o medo não te inspira

O quê somos hoje o amanhã dirá.

Pedrão Guimarães


 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Apesar de quê vivemos?




Quando criança falava com a língua presa. Coisa graciosa pros familiares e amigos próximos.

Mas que também era motivo de chacota e reprovação por outros não tão adeptos  da permissividade daqueles todos.

O desagradável esconde valores que por pior que sejam mostram-se amáveis. Afinal demonstrar certos incômodos poderiam demonstrar "des-criminações" contrárias ao convívio pacífico de um  universo suspenso numa miopia relutante de entendimentos acomodados. A ideia de um amor destruidor.

 Sim!

 O amor fraternal entre vizinhos crédulos de uma generosidade caridosa e intimamente caustica mantinha aquela vizinhança. Muitas vizinhanças daquele momento.

O quê se dizia não se falava.

Sim! Era se tudo fosse aceito sem aquilo que nos fizesse desentendido. Uma aceitação & entendimento ingênuo assim. Deixa pra lá!

Vejam e ouçam então! Consegui aprender a falar sem a dificuldade anterior. Apesar que já tenha sido perseguido em serviços pelo jeito que falo. Falo com uma língua solta que possibilita fontes que muitas vezes desenrolam-se mais rápido que meu pensamento e vice versa sem que isso  eleve meus sentidos alegrias e principalmente minhas dores.

Sim. Gostaria que minhas dores e angústias fossem menores. Mas! Regozijam-me de alegrias efêmeras, saltitantes que me elevam aos Deuses.

Hoje as máscaras que sempre uso em todos os espaços me forçam a falar de forma que ainda não compreendi e que estão forçando-me a engolir consoantes que foram tão importante na dura caminhada de parar de falar com a língua presa. Tenho medo de como vou falar depois que me livrar das máscaras. Tenho medo de uma série de coisas, que tenho medo de confessar.

Pedro Guimarães

sábado, 2 de janeiro de 2021

                                      Cacura

            Envelhecer é a arte 

            de perder a vergonha


            na cara, minha filha.

                      Pedrão Guimarães

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

 Criança distante.

As coisas não andam boas. Gostaria de ter poder de interferir. Porém as crianças crescem pra bem e pra mal. Sendo necessário que nos calemos. Meus medos não importam por mais que as tristezas e imprecisões sejam aquilo tudo que não desejamos. Se elas se amam! Só me resta esperar que amem-se. Não fui capaz da coragem de fazer com que alguém me amasse. Tentei! Talvez de forma errada. Agora já não sei mais quem culpar! Eu? As pessoas? Hoje pareço tão seguro. Se seguro fosse não viveria a sombra daquilo que sempre quis rindo do meu ridículo. Amar é pros fortes.

https://www.youtube.com/watch?v=ZwbNesQeods