O amor é um monstro, que segue solto como o dragão. Capaz de curar feridas de traumas antigos que, persistem sem cobrar as curas que processa.
Viver tem perigos deliciosamente literais e libertos. E essa liberdade nos aprisiona em nós mesmos. Quantas vezes somos aquilo que queremos? Tudo que sofre se transforma.
E a beleza é de um monstro santificado. Em um campo onde a experiência é finita.
Tão mais difícil é amar! Não o amor das novelas.Asséptico, facilitado vitrinoso. Descomplicado para fácil entendimento.
Nenhum entendimento é simples! Tudo que desmancha no ar pode não ser necessariamente sólido. Quem ama não escolhe! Quem compra escolhe. E muitas vezes, não o melhor. Qual é o seu preço?
Você ou tu, nesse grande mercado? Teu monstro consome o interior de suas esquizofrenias que já foram belezas. Nossas tristezas são risíveis sofrimentos invisíveis que agregam felicidades tortas. Conversando com o monstro do amor, afortunadas e absolutas, insistem determinando muitos de nossos passos.
Nunca te tive e talvez por isso tenha te amado tanto.
Nas areias encalacradas, nas paredes de uma rodoviária de um lugar do cerrado, percebi o calor fungar minhas narinas, como na saída de um dragão, então desejei tudo como um monstro destruidor e imperceptivelmente me monstrifiquei.
Pedrão Guimarães
Belíssima Postagem Pedro Guimarães.
ResponderExcluirCom toda a certeza posso dizer que ganhaste uma leitora diária. XD
Parabéns.