segunda-feira, 2 de março de 2020

                                              Por quê?

       Que alegria é essa? Neste momento tão duro donde sei bastante das tristezas sobrevoantes daquilo tudo que coloca-se como algo maior. Sorrisos amarelamente sombrios com dizeres abafados e constridos.

       A solidão que carrego de certa forma sempre me acalantou e é por isso que rio da vida, do mundo, de tudo tudo. Se o cê tivesse me amado por completo. Se todos que desejei tivessem me amado?!?  Talvez hoje estaria menos ansioso. Não tenho essa certeza também. Me faltam muitas certezas; embora algumas me transbordam. Sem as lágrimas que dos meus olhos secaram de tanto que escorreram. Sabe aquela sensação de sentir-se rejeitado e incapaz?
       Desprovido de gostar desse corpo avesso à padrões para ser seu. E que os sonhos dos voos sobre Áfricas e Japões mitológicos justifiquem essa macula.
       Ando tão duro e insensível que me assusto, quero mais sorrisos que gargalhadas, coisa que ainda consigo muito bem e ainda bem.
       Sem perder essa alegria boba que move-me, não morro antes de conversar todas aquelas coisas tão fundamentais que deram sentido pra que eu nascesse para apavorar tudo aquilo que conspira contra meu ser e minha vida.
      Gostaria tanto te conhecer pra beijar todo seu corpo despudoradamente te deixando a vontade sem frescuras. Aí então serei e terei a certeza de que, por mais que a vida nos pregue peças. A vida é a vida!
       Mesmo com todo plástico nos asfixiando, com todo óleo cingindo nossos ódios ao sabor do destempero de ventos que façam tantos estragos. Que alguma alegria nos faça refem dela.

Pedro Guimarães

      

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